segunda-feira, 25 de julho de 2016

A Era de ouro (Golden Age) da dança egípcia: Cassinos e Cinema


No final do século XIX e princípio do XX, temos no Egito uma grande revolução social, acompanhando a revolução industrial que movimentava todo o mundo ocidental. Neste período, o Egito foi social e economicamente dirigido pela Inglaterra, que levou para o Cairo muitos estrangeiros, investidores, arqueólogos e pesquisadores, além de inovações tecnológicas como a fotografia e o cinema. Neste período, a cena cultural do Cairo muito se desenvolveu, casas de espetáculos atraíam não só os estrangeiros, como os próprios egípcios negociantes e residentes na capital.

Neste contexto, surge a primeira das grandes estrelas do cinema egípcio: Badia Massabni, libanesa, cedo deixa o cinema para abrir o famoso Cassino Badia e também o Cassino Ópera do Cairo. Esta foi a mais importante casa dedicada a espetáculos no Cairo. Por ela passaram grandes estrelas do cinema como, Naima Akef, Tahya Karioca, Samya Gamal, e grandes músicos como Farid Al Atrche, Mohamed Abdel Wahad e Abdul Halim Hafez. O Cassino foi palco também de diversas companhias ocidentais de dança, que influenciaram também o modo de dançar das egípcias.

O cinema egípcio teve grande importância na divulgação da dança do ventre pelo mundo árabe e foi grandemente divulgada para o ocidente por Hollywood. Muitas cenas de cinema retratavam o ambiente cultural do Cairo, com suas casas de show e festividades em praça pública. Muitas ainda mostravam cenas de dança em casamentos e também a dança em cenas de casais.


Tecnicamente, vale dizer que a dança sofreu grande transformação neste período. Deixando as casas e as ruas e se elevando ao palco, esta dança precisou também refinar – se e adquirir postura cênica. Novos movimentos foram incluídos na movimentação cênica, inspirados nos movimentos de ballet: o arabesque, a movimentação de braços e giros, que antes não eram executados, tendo no balady popular, a movimentação muito concentrada no quadril.

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